Roncos, interrupções da respiração por pelo menos 10 segundos e até engasgos, ao dormir. Se você conhece alguém que passa por isso, provavelmente, é um caso de apneia do sono, ou seja, interrupção da respiração (também conhecida como apneia noturna).
Esses problemas podem acontecer por: relaxamento excessivo dos músculos da garganta e da língua, aumento do tamanho das amígdalas e adenóides, excesso de tecido mole na garganta, dificultando a sua abertura ou, ainda, tipo do formato da cabeça e do pescoço, com um espaço reduzido para a passagem do ar.
Entenda mais sobre essa patologia e quando você deve buscar um otorrinolaringologista para ajudar no tratamento.
O que provoca apneia do sono?
Os maiores fatores de risco da apneia do sono são a idade, o gênero sexual, o índice de massa corpórea (IMC), a medida da circunferência do pescoço e as alterações craniofaciais. Ou seja, estão em risco:
- Pessoas acima de 50 anos;
- Sexo masculino;
- IMC alto;
- Circunferência do pescoço acima de 40 cm;
- Mandíbula ou maxilar mais curtos.
Outros fatores são as alterações anatômicas das vias aéreas superiores, como alterações no nariz e nas tonsilas palatinas, pólipos nasais, desvios de septo, rinossinusite crônica, palato mole alongado etc.
Quais são os sintomas respiratórios da apneia do sono?
Os principais sinais da SAOS (Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono) são de natureza respiratória. Veja:
- Ronco ressuscitativo
É quando o indivíduo retorna de uma pausa respiratória, como se estivesse sufocando.
- Pausas respiratórias presenciadas por outra pessoa
Quem tem apneia do sono não sente nenhuma dessas intercorrências, como roncos e engasgos. A pessoa só descobre porque um(a) companheiro(a) nota e porque ela se sente indisposta ao acordar.
- Engasgos durante o sono
O relaxamento da musculatura da região da garganta e da língua agrava ainda mais a falta de ar, com os engasgos.
Como resultado, o paciente precisa lidar, ao acordar, com sonolência excessiva, dores de cabeça, alteração do humor, dificuldade para se concentrar, alteração de memória e diminuição da libido.
Esses sintomas, juntos, formam a base para o desenvolvimento de várias doenças: hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e arritmias, derrame cerebral e diabetes.
Apneia do sono: o que fazer?
De acordo com o Ministério da Saúde, 50% da população brasileira se queixa de má qualidade do sono e, em média, 32,8% da população adulta sofre de apneia do sono.
O pior é que entre 85 a 90% dos pacientes não buscam tratamento — aumentando, assim, as chances de desenvolver complicações e adquirir mais doenças.
A primeira iniciativa é seguir recomendações básicas de saúde, como manter um peso saudável, evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar pelo menos 4 horas antes de dormir e deixar a cabeceira da cama levantada entre 15 e 20 cm.
Acompanhado a isso, busque um especialista que estude o sono, pelo exame de polissonografia. Ele confirma o diagnóstico da SAOS, todavia, não tem meios para descobrir onde está a obstrução. Por isso, você deve procurar um otorrinolaringologista.
Como funciona o acompanhamento da apneia do sono com um otorrinolaringologista
A atribuição principal desse especialista é detectar as alterações anatômicas das vias aéreas.
A nasofaringoscopia é um dos exames mais utilizados. Trata-se da utilização de um endoscópio para a visualização das estruturas. Eventualmente, o exame é realizado com sedativos (endoscopia do sono), para simular melhor o que ocorre quando o paciente está dormindo.
Exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) também podem ser solicitados, especialmente quando há indicação de cirurgia para a SAOS.
Com isso, o otorrinolaringologista prescreverá o tratamento medicamentoso ou a remoção das estruturas que impedem a respiração — a depender da avaliação.
No caso de não ser encontrada nenhuma obstrução e a apneia do sono ser resultado da obesidade, o paciente será indicado para um programa de emagrecimento junto com exercícios fonoaudiológicos.
Em resumo: assim que a apneia for confirmada, você já pode procurar um otorrinolaringologista. Quanto antes for descoberta a causa da obstrução da respiração, mais cedo se previne patologias tão sérias quanto a própria SAOS.
Deste modo, a apneia do sono é uma desordem importante e com alta prevalência no Brasil. Pergunte ao seu parceiro ou familiar como anda o seu sono e, assim que puder, faça uma avaliação médica.
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