Labirintite: o que é, quais as causas e quais os tratamentos

Labirintite: o que é, quais as causas e quais os tratamentos

A labirintite, também conhecida como neurite vestibular ou neuronite, é a inflamação do labirinto, estrutura presente no ouvido interno responsável pelas nossas funções de equilíbrio, localização espacial, reflexos e de audição.

Ao subir em um elevador, por exemplo, é o labirinto que detecta o que acontece com o seu corpo, comunica ao cérebro e, assim, você entende que está subindo por meio de um elevador. 

Neste post, você vai entender o que é labirintite, o que pode causá-la e como tratar esse problema. Boa leitura!

Como saber se você está com labirintite 

O sintoma mais indicativo da labirintite é a tontura. Porém, a tontura tem outras dezenas de causas que não envolvem o labirinto e, além disso, essa estrutura pode sofrer várias outras alterações diferentes da inflamação — o que chamamos de labirintopatias. 

Em outras palavras: nem todas as tonturas ocorrem por labirintite. E nem todo problema no labirinto é labirintite, mas sim uma labirintopatia.

Mas por que é importante saber desses nomes?

Porque é recomendável investigar bem, caso você tenha os sintomas de uma doença no labirinto. Nessa investigação, o otorrinolaringologista pode realizar os exames de audiometria, tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletronistagmografia, entre outros. 

O diagnóstico deve eliminar todas as possíveis causas de tontura, restando apenas o problema no labirinto e, deve-se confirmar, também, que existe um processo infeccioso na estrutura. 

Se os sintomas da ‘labirintite’ não forem por inflamação e infecção, eles podem ser por tumores, doenças neurológicas, alterações genéticas, Síndrome de Cogan, entre outros.

O que causa a inflamação do labirinto e quais os sintomas

Geralmente, as causas da labirintite podem ser:

  • Virais: infecções por vírus no ouvido (como nas otites), bronquites, gastroenterites virais e herpes;
  • Bacterianas: otites médias bacterianas e doença de Lyme.

Além disso, há fatores que aumentam a suscetibilidade à inflamação do labirinto, como tabagismo, altos níveis de colesterol, triglicérides e glicemia, histórico de alergias, estresse, uso de medicamentos (como a aspirina) etc.

Quanto aos sintomas, eles são:

  • Tontura ou vertigem;
  • Perda de equilíbrio;
  • Náuseas e enjoos;
  • Zumbido no ouvido;
  • Diminuição da audição;
  • Dificuldade em focar o olhar (nistagmo).

Se essas queixas durarem por um período superior a 2 dias, procure um otorrinolaringologista. Normalmente, a recuperação total ocorre em 2 a 6 semanas. No caso de sintomas mais graves, como desmaios, fala arrastada, febre e visão dupla, busque a emergência.

Principais tratamentos para a labirintite

No geral, os sintomas são aliviados com anti-histamínicos, vasodilatadores, antidepressivos, medicamentos para náuseas, sedativos e corticosteroides. Ao longo dos tratamentos das crises, pode haver perda auditiva e o aparelho auditivo será fundamental para manter a qualidade de vida. 

A labirintite pode durar meses ou até anos, em pacientes idosos, por exemplo, mesmo com o tratamento medicamentoso. Dessa forma, procure um fonoaudiólogo ou fisioterapeuta especializado em reabilitação vestibular para a realização de exercícios terapêuticos.

A terapia, composta de movimentos com a cabeça, olhos e corpo, tem o objetivo de promover a compensação vestibular e melhorar a habilidade e confiança no equilíbrio. Caso os sintomas não sejam por labirintite, mas por Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), cujas queixas são idênticas, o sucesso desse tratamento é ainda mais provável.

Além dessa abordagem individual com os especialistas, é interessante seguir algumas recomendações, como:

  • Evite mudanças rápidas de posição ou movimentos bruscos;
  • Sente-se e tente ficar parado durante um ataque de vertigem;
  • Levante-se lentamente, ao sair da posição deitada ou sentada;
  • Proteja-se de ouvir ruídos e de assistir televisão, telas de computador e luzes fortes ou intermitentes durante uma crise de labirintite;
  • Evite ler durante as crises;
  • Durma bem, pois o cansaço pode piorar os sintomas;
  • Não consuma bebidas gaseificadas que contêm quinino (como a água tônica);
  • Cuide da sua alimentação, evitando ficar muito tempo em jejum;
  • Ao sair de casa, tente fixar o olhar em um objeto fixo, em vez de olhar ao redor o tempo todo.

Dessa forma, a labirintite é um tipo de tontura muito específica, embora ela provoque sintomas genéricos e que geram confusão entre a população, no geral. Neste caso, mais do que nunca, a consulta ao especialista é determinante para um bom prognóstico.
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